segunda-feira, 20 de setembro de 2010

LA FOULE

Esse texto não é meu, mas é um dos meus bons guardados, coisa que a gente toma quase como nossa - mas que quero aqui partilhar. Edith canta. E muito bem demais. Quero que ela dance com suas mãos no meu sótão e rodopie. Não espero que a turba pare a farândola. Veja sua interpretação pra LA FOULE.

E aqui uma tradução:


Eu revejo a cidade em festa e em delírio
Sufocando sob sol e alegria
E escuto na música os gritos e os risos
Que eclodem e ressoam em volta de mim.

E perdida nessa gente que me empurra
Atordoada, desamparada, eu fico lá
Quando de repente, me recupero, ele recua
E a multidão vem me lançar em seus braços

Empurrados pela multidão que nos leva
Nos arrasta esmagados um contra o outro
Formamos um só corpo e a onda sem esforço
Nos empurra, unidos um ao outro
E nos deixa a ambos rejuvenecidos, inebriados e felizes

Arrastados pela multidão que avança
E que dança numa louca farândola,
Nossas duas mãos ficam suadas
E às vezes as levantamos.
Nossos corpos enlaçados voam
E nos torna a ambos rejuvenecidos, inebriados e felizes

E a alegria estampada pelo seu sorriso
Me transpassa e jorra dentro de mim
Mas logo eu dou um grito entre os risos
Quando a multidão o vem arrancar de meus braços

Empurrados pela multidão que nos leva
Nos arrasta, nos afasta um do outro
Eu luto e me debato 
Mas o som de sua voz se abafa com risos dos outros
Eu grito de dor, de furor e de raiva
E eu choro...

Arrastados pela multidão que avança
E que dança, numa alegre farândola,
Eu sou empurrada para longe
E crispo meus punhos, amaldiçoando a turba que rouba
O homem que ela me havia dado
E que nunca mais encontrei...

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