quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Rafael

Eu gosto dessa festividade que sua mente alcança, jorrando catarticamente as referências na surpresa, sendo tudo assim, essa curiosidade e esse susto com tudo que a vida lhe apresenta. E ele se empolga com algo normal e faz um comentário legal. Bonito demais! Não tem mimos, vaidades, veleidades, não é tampouco estiolado em suas convicções. Estou a seu lado com convicção. Com ele não tenho relógio, fico sem tempo. Ele é régio no seu comportamento e vai erigindo monumentos em tudo o que seu olhar toca. E quando o olhar toca o mundo, o mundo vira uma girândola e gira em faíscas, coruscando, chispando em disparada. Ele me acalenta, me acolhe, me recolhe quando me encolho. E me engrandece, me faz gigante pela própria natureza, reavivando minha essência. Ele me mata quando olha no olho, fico todo mole. E me dá vida quando toca meu lábio. Ele em todo o papo é sábio, sabendo falar. Me conduz como luz pelo fio e é elétrico ao me amar. 

Marcelo Asth

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