O sótão já está com a porta de acesso emperrada. Os cupins e os fantasmas são a única energia que por lá passeia. As tábuas velhas, árvores deitadas e mortas sob meu teto, sustentam um peso de proteção. Ali o passado está acorrentado a elos de poeira e tédio. Nem o sol mais entra lá para decifrar em feixes o ar cheio de movimento. Quando eu morrer, o sótão morre junto.
Marcelo Asth
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